E ela coloria os meus dias, como quem colore um desenho pela primeira vez. Com a expectativa de ver o bonito tomando forma, alegrando aos poucos, se arrependendo de alguns traços e querendo saber como vai ficar no final das contas. Ela e essa capacidade de ter meu humor nas mãos, e o pior de tudo, minha tranquilidade também. O que me faz ter certeza de que ela não gosta de me ver tranquila, ou que não sabe o poder que tem sobre mim. Melhor deixar assim, não é? Me acostumo a lidar com as incertezas, angustias e milhares de neuroses que ela me proporciona. E eu gosto, e eu quero sempre mais. Caso ainda não saiba, eu digo em voz alta, eu grito se preciso for: "você me tem nas mãos". É algo perigoso de se dizer, pode ser decepcionante se entregar. E eu repito. Me tem, nas mãos.