março 20, 2014
março 19, 2014
Olha, eu sei que você andou cruzando esquinas a fim de uma pessoa que não era eu, só que não ligo. Essa coisa de orgulho e dignidade nunca foram comigo mesmo. E ainda que eles tenham levado pra longe tudo que você parecia ter de bom, eu não me importo de ficar com o amargo-azedo que restou. É mais do que tudo que já me pertenceu em quatro encarnações.
Gabito Nunes
março 17, 2014
Existem coisas muito mais gostosas de se ouvir do que um insosso “eu te amo” dito de forma automática. E ela me prova isso com certas falas, mesmo sendo mais fã de gestos do que de palavras. Vira e mexe me manda uma música e diz “ouve aí”. Sabe o que é você pegar uma letra inteira e imaginar todas as situações vividas e as que você quer viver ao lado de alguém? Ouço uma, duas, três vezes até começar a assobiar a música sem pensar. Até pedir licença ao cantor, ao compositor e aos músicos da canção e dizer: essa agora é nossa. Ela não gasta meus apelidos. Aliás, até brigo um pouco com ela e faço cena querendo que ela diminua meu nome e invente um jeito só dela de me chamar. Engraçado que, nessa coisa de todo mundo adaptar ou procurar uma forma de se dirigir a mim, é ouvindo meu nome inteiro sair da sua boca que eu sinto o carinho por parte dela. Ah, e quando ela – enfim – solta um apelido, chego a ficar mudo. Com os olhos sorrindo e o coração babando. Por vezes ela fica monossilábica. Eu desando a falar, faço monólogos e ela só responde com um “verdade”, “hm”, “ok”. E não é por estar chateada (e também não é que não passe um filme na minha cabeça pensando se fiz algo errado), mas é porque a rotina dela é exaustiva. É ônibus, metrô, trabalho, compras, academia… Se vira pra caber dentro de vinte e quatro horas o que eu não conseguiria em quarenta e oito. O que sei é que ela se apoia em poucas palavras para resumir vontades enormes. É um “vem”, um “cadê?”, um “me abraça”. Cada qual no seu contexto. Cada qual de um jeito gostoso que as palavras tem de sair daquela boca que não diz um “eu te amo” à tôa. Ela é daquelas que não fala do que sente. Vive.
março 14, 2014
Amigo, te peço: não espere que ela esteja por um fio. Entende o que é por um fio? Eu me pergunto por que as pessoas precisam estar a um passo de perder alguém para realmente se darem conta do valor dela. E eu nunca acho resposta. Talvez seja o próprio medo da perda que amplifique o tamanho de algumas. Talvez seja a vida tentando mostrar que não será a mesma sem aqueles sorrisos, aquela presença, aquela diferença. Talvez seja a falta de saber ficar sozinho que desespera quem está prestes a ficar assim. Esqueça as outras meninas que nunca fizeram sentido e não importaram. Esqueça as noites mal dormidas com pessoas vazias e de papel que se desmanchavam ao chegar do dia. Eu estou falando da que realmente importa, da que faz diferença. Daquela que, quando tudo parece que vai desabar, é para os braços dela que você corre. É quem você pergunta como foi o dia, pra quem você quer contar como foi o seu. É ela. E você sabe. Seja cauteloso e pense bem. Não faça nada impensado. Aliás, faça. Saia de casa agora e vá atrás dela. É! Vai! Eu posso passar a tarde inteira enumerando motivos, razões, conselhos e outras bobagens que podem entrar por um ouvido seu e sair pelo outro. Mas que, de verdade, espero que saiam da minha boca para tocar diretamente no seu coração. A gente perde muito tempo com quem não gosta tanto assim, tanto num sentimento de você para com a pessoa quanto de volta. Resumindo, vive uma falta de recíproca absurda. Falo contigo agora, amigo, porque vejo que ela se colocou em suas mãos. Vejo que ela selou o destino e não quer ninguém além de você. Ela é sua. Tão difícil pensar que alguém está entregue assim, não é? Talvez, quando a gente se dá também assim, consegue se mensurar que dá pé o amor – ainda que todo amor não tenha fundo e seja preciso mergulhar. Quantos segundos você aguenta sem respirar? Quantas vezes você consegue abrir o olho embaixo d’água? Quão longe você acha que pode ir nadando? E quanto você é capaz de ficar sem ela? É apenas um pedido: não a deixe se distanciar e ficar à perigo. Não a perca. Não dê esse mole, essa chance pro azar. Já disse que ela é sua, mas não brinque de deixá-la solta. Sempre pode aparecer alguém para pegar o que a gente deixa de lado. Agarre-a. Mais forte que o abraço apaixonado que já presenciei entre vocês. Beije-a. Mais vezes do que todas as vezes que beijou na vida. Declare-se. Só que não apenas com palavras. Ame-a. Mais do que ela acha que é possível o amor amar.Gustavo Lacombe
março 11, 2014
Amor, tudo bem? Hoje eu escrevo só pra te contar, ou agradecer, ou lembrar, ou tentar explicar. É realmente uma tentativa de entender tudo que aconteceu dentro de mim nesses últimos dias, nesses últimos meses, nesse último ano e te deixar saber de onde vem toda força e grandeza do que eu sinto por ti. É enorme, sabia? Minha vontade de te ter ligada ao meu corpo pelas nossas mãos. De ter teu sorriso enfeitando cada momento banal do meu dia, que deixa de ser banal pelo simples fato de te ter presente. É enorme o salto que meu coração inevitavelmente da quando sei que teus olhos estão em mim, esquecidos ou atentos, se te olho, tu sorri. Já te contei que ainda me deixa nervosa? Tua presença me acalma e em segundos me acelera. Talvez o que eu sinto seja um pouco - ou muito - como nós mesmas, variante. Não falo em quantidade de sentimento, do tamanho eu não tenho dúvidas, ou melhor, não sou capaz mensurar. Falo é da variedade de sensações que me proporcionam tuas palavras, tuas atitudes, teus olhares, gestos, teu carinho. É tão bom, entende? Me reviro buscando formas de expressar, em vão - não chego aos pés. É isso amor, mas na verdade não é nada disso. Não é nem metade, ta bom? Um por cento talvez. Somos muito, juntas, somos imensuráveis. Infinitas. Nossa história existe de forma não decifrável, ela apenas é. É tudo que eu preciso e quero. É tudo que eu sempre quis.
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