Eu não sou uma má namorada.
Não precisa falar comigo 24 horas.
Pode jogar.
Pode sair com seus amigos.
Pode curtir a foto dos outros.
Pode falar com quem quiser.
Eu não sou uma má namorada.
Pode ir sozinho, amor. To cansada, vou ficar em casa hoje.
4 horas da manhã recebo mensagens falando que você tava me traindo. Não consegui mais dormir.
Você negou.
Disse que nao faria isso comigo.
Disse que se eu nao confiava em você nao tinha motivo pra estarmos juntos.
Eu não sou uma má namorada.
Acreditei em você.
A outra e suas amigas me chamaram de corna.
Ainda assim acreditei em você.
Vi conversas com a ex.
Para de falar com ela.
Vi você trocando fotos e de papo com uma amiga.
Para de falar com ela, você tem namorada.
Vi você de papo com mais outra.
E você me apresentou a insegurança.
Eu não sou uma má namorada.
Descobri a verdade.
Você me traiu.
Você baixou a cabeça e disse que não sabia o que dizer.
Eu disse: “deixa pra lá, faz tempo. “
Eu não sou uma má namorada.
Vou no shopping com a minha mãe.
Vou na minha avó.
O cara da internet ta aqui em casa.
Vou comer.
Vou tomar banho.
Vou dormir.
(?)
E pra que mentir?
Me senti mal.
Deixa o jogo um pouco pra lá.
Eu não sou uma má namorada.
Vou dormir, tenho que ir pra aula amanhã cedo.
Mas eu to de férias, amor, fica mais um pouco.
Eu tenho que ir, amor. Desculpa.
Mas ia jogar.
Tudo bem.
Eu desisto.
Fica com esse jogo.
Soube mais sobre aquela traição.
Me revira o estômago só de lembrar você dando parabéns pra gente pelo mês de namoro, mas ao eu ir dormir, fez o que fez.
Deixei de confiar em você.Sempre que ia na sua casa, voce ia no banheiro com o celular antes de qualquer coisa. Lembra daquela vez que você pediu pra eu ligar o computador e escondeu o celular? Eu disse que vi e você disse que eu tava louca, exagerada. E que ja tinha falado pra eu parar com essas loucuras. Comecei a chorar.
Por achar que eu deveria esquecer o passado e voltar a acreditar em você. Você foi no banheiro.
Peguei meu celular, mandei: como você é babaca.E você volta, e diz que não queria que eu visse uma conversa sua com a minha melhor amiga, que era sobre mim. E eu chorei mais ainda, por odiar você fazer essa chantagem emocional. Fazer eu me sentir mal comigo mesma por nao acreditar em você quando você mente. Por achar que eu estava maluca.
Eu não sou uma má namorada, você que me tornou.
Para de falar com ela.
Da unfollow.
Exclui.
Me da todas tuas senhas.
Não vai sair com amigo não.
Nao vai dormir na casa dele nao.
Fica em casa.
Você terminou comigo pra passar o dia jogando.
Mas logo em seguida mudou de ideia.
Você terminou comigo porque não sabia o que queria.
Você terminou comigo porque queria ter seus amigos de volta.
Quando eu te proibi?
Você terminou comigo porque nao queria mais que fossemos só nós dois no mundo.
E quem disse que eu queria?
Você terminou comigo toda semana.
E eu voltei sempre que pediu.
Você que me apresentou a insegurança.
Acabou com a confiança.
Apresentou a falta dela.
Você que acabou com o namoro bom, livre, e saudável que eu te dei. Você que trouxe o sufoco, as brigas, o desgaste dele.
E o pior.
Colocou tudo em cima de mim, como se eu tivesse danificado a gente, enquanto você que tinha feito isso. Eu nunca deixei a gente apesar dos teus erros, por não ter colocado todos esses motivos acima como os primórdios. Eu preferi nos filtrar.
Deixar os momentos bons pesarem mais, por mais raros que fossem.
Por mais que depois que eu virasse as costas você esquecesse que eu existia. Decidi seguir a frase que o humano erra.
Decidi te dar todas as chances do mundo de mudar.
Decidi te ensinar com amor.
Preferi acreditar que você ia amadurecer com os erros.
Preferi milhares de coisas.
Até que preferi morrer.
E renascer.
E renascendo, sou outra.
E sendo outra.
Não existe mais nada disso.
dezembro 31, 2015
dezembro 02, 2015
novembro 18, 2015
Tenho pensado tanto sobre as coisas, sobre os caminhos que a gente toma, sobre os caminhos que somos obrigados a tomar e as mudanças que isso traz para a nossa vida. Algumas vezes, nós simplesmente não temos escolha, porque certas coisas não dependem só de nós mesmos, e ninguém pode pedir que alguém fique, quando não quer ficar. Penso muito sobre a dificuldade de se colocar como prioridade na nossa própria vida, no quanto demora pra conseguir se desprender de coisas que nós no fundo, não queremos. Penso também sobre a dor, a dor de colocar um ponto final em parte de um caminho que eu queria continuar seguindo, que eu tenho tantos planos guardados, sonhos pensados. Penso na coragem que me falta para dar um passo que eu preciso dar, no desprendimento de buscar as coisas sozinha, porque precisamos. Sinto a fraqueza nas pernas e no coração, sinto a exaustão na cabeça e na alma. Querer não é o suficiente, é preciso valer a pena, e acima de tudo, pra se ter alguém do lado, é preciso olhar para a mesma direção. Quando as vontades já não se encontram, quando os sorrisos se perdem, quando a tolerância já não existe mais, é hora de mudar. Me martirizo muito tentando entender porque não buscar juntas essa mudança, quando tenho na cabeça as palavras exatas que me esclareceram que estou sozinha nessa. Eu sinto saudades do amor, e me flagro lembrando de coisas que me prendem na esperança de ter isso de volta. Sinto falta até da palavra "amor", de ouvir a outra pessoa dizendo que te ama e sentir a segurança, ver no olhar, a verdade das palavras e do sentimento. Eu tenho impulsos que não consigo frear, dores e angústias que não consigo sanar. Não vejo ainda o fim dessa estrada chamada superação, porque não consegui chegar ao menos próxima do início. O brilho no olhar, a paz de espírito, tudo se foi. Somos escravos das dores da alma, e nessas não cabem máscaras, não cabe a tentativa de provar algo para alguém, só sobra nós mesmos e nossas decepções. Nesse buraco em que nos encontramos, a felicidade parece tão distante, e as tentativas, parecem em vão. Eu não sei por onde começar, mas sei que é preciso. Sei que o caminho é longo, mas que trilhá-lo sozinha é minha única opção. Ninguém merece viver ligada a alguém que te afasta e quer se desprender de uma vez, que quer que sobrem os momentos de descontração e boa convivência mesmo sabendo que por dentro, está em frangalhos. Eu estou, mas passa. Quando e como, não sei, ninguém sabe. E a espera, afinal, sempre vai parecer interminável, mas não é. Essa é a única esperança que eu preciso manter.
outubro 15, 2015
Sobre escrever enquanto assisto as vantagens de ser invisível <3
Não sei muito bem sobre o que falar, na verdade não pensei sobre o que queria escrever quando abri essa página, só sabia que precisava. Sinto no meu peito uma coisa estranha, não parece uma explicação muito esclarecedora, mas soa exatamente de acordo. É complicado quando sentimos que o vazio que nos cerca está na verdade dentro de nós, que ter pessoas ao nosso redor não conforta, não supre, uma falta que nós não sabemos como cessar. É difícil ouvir as risadas, as histórias, os problemas dos outros, quando os nossos parecem estar sempre ali, presentes, e nós não temos a capacidade de resolve-los. Tenho certeza que é mais fácil estar presente nos problemas dos outros, mergulhar de cabeça e tentar entender a dor de outra pessoa, do que lidar com as nossas próprias. O problema é quando nos afastamos das outras pessoas, porque não conseguimos tirar os problemas da cabeça, e falar sobre eles parece repetitivo e exaustante. O vazio, o vazio que nós criamos para nós mesmos, é o que mais dói. Quando preferimos estar distantes de pessoas queridas, simplesmente por perceber que não é preciso estar presentes, que as coisas correm bem e muitas vezes melhores sem a nossa presença. Quando não nos sentimos confortáveis em algum lugar, pensamos em ficar sozinhos, e quando estamos sem ninguém por perto, bate uma necessidade de alguém pra compartilhar. E aí, quando alguém aparece, o que mais queremos é que se afaste, porque notamos imediatamente que a solidão parece um bom modo de disfarçar o silêncio, de ocultar as necessidades de contato e carinho recíproco, de amor, de cuidado, de atenção e principalmente, de sentir falta. Sabe quando alguém te pergunta o que você quer fazer? Quando pensa em fazer algo pra te surpreender? Planeja um dia ou uma noite pra te dar atenção? Não aquela atenção corriqueira do dia a dia, mas que faz sentir especial, que faz a gente se arrumar e querer estar diferente, ajeitadinha, criar expectativa, pra algo que saia da rotina e comemore, sei lá, a vida. O estar junto. O querer estar junto. O agradecer pela presença. As vezes eu me pergunto se a gente ainda lembra de agradecer por alguém que tornou o nosso dia um dia melhor, que alegrou a nossa tarde, que preencheu nosso tédio, que se preocupou com a nossa vida e em nos lembrar dos nossos compromissos. Se agradecemos por alguém que toma conta da nossa vida, do nosso humor, que se importa e que sempre está ali pra estender a mão. Se não deixamos essas poucas pessoas de lado, por bobagens, por compromissos nem tão importantes assim, por egoísmo. Eu sinto um vazio que não se preenche, no momento. Eu sinto uma solidão que dói e conforta. A cada fisgada no peito e lágrimas nos olhos, lembro do amor próprio que eu tenho esquecido de sentir por mim. Não do amor egoísta, mas do amor suficiente pra se por em primeiro lugar. Pra não colocar como prioridade e necessidade na nossa vida a presença constante e a consideração dos outros. Porque a decepção é uma consequência forte, e muitas vezes devastadora. Quando eu lembro de tudo isso, eu digo em voz alta que preciso superar, que preciso ficar bem, que a dor me torna menos tola e mais tolerante comigo mesma. A necessidade de se sentir amada e valorizada não vem enquanto não amarmos a nós mesmos e não nos valorizarmos como devemos. Nós aceitamos o amor que julgamos merecer, e é por isso que devemos ter o discernimento de compreender quando não devemos aceitar mais. Quando devemos agradecer por todas as coisas boas, mas entender que as coisas ruins fazem parte e que o limite chega para todos. Devemos aceitar nosso limite, devemos respeitar o quanto nosso peito e nossa cabeça aguentam, quantas mentiras e decepções eles conseguem lidar e superar. E quando nada disso for superado, quando a angustia continua batendo na porta, quem sabe seja a hora de fechá-la de vez. Aprender a desistir nem sempre é sinônimo de fraqueza, muitas vezes é sinônimo de coragem. E é preciso muita coragem.
Não sei muito bem sobre o que falar, na verdade não pensei sobre o que queria escrever quando abri essa página, só sabia que precisava. Sinto no meu peito uma coisa estranha, não parece uma explicação muito esclarecedora, mas soa exatamente de acordo. É complicado quando sentimos que o vazio que nos cerca está na verdade dentro de nós, que ter pessoas ao nosso redor não conforta, não supre, uma falta que nós não sabemos como cessar. É difícil ouvir as risadas, as histórias, os problemas dos outros, quando os nossos parecem estar sempre ali, presentes, e nós não temos a capacidade de resolve-los. Tenho certeza que é mais fácil estar presente nos problemas dos outros, mergulhar de cabeça e tentar entender a dor de outra pessoa, do que lidar com as nossas próprias. O problema é quando nos afastamos das outras pessoas, porque não conseguimos tirar os problemas da cabeça, e falar sobre eles parece repetitivo e exaustante. O vazio, o vazio que nós criamos para nós mesmos, é o que mais dói. Quando preferimos estar distantes de pessoas queridas, simplesmente por perceber que não é preciso estar presentes, que as coisas correm bem e muitas vezes melhores sem a nossa presença. Quando não nos sentimos confortáveis em algum lugar, pensamos em ficar sozinhos, e quando estamos sem ninguém por perto, bate uma necessidade de alguém pra compartilhar. E aí, quando alguém aparece, o que mais queremos é que se afaste, porque notamos imediatamente que a solidão parece um bom modo de disfarçar o silêncio, de ocultar as necessidades de contato e carinho recíproco, de amor, de cuidado, de atenção e principalmente, de sentir falta. Sabe quando alguém te pergunta o que você quer fazer? Quando pensa em fazer algo pra te surpreender? Planeja um dia ou uma noite pra te dar atenção? Não aquela atenção corriqueira do dia a dia, mas que faz sentir especial, que faz a gente se arrumar e querer estar diferente, ajeitadinha, criar expectativa, pra algo que saia da rotina e comemore, sei lá, a vida. O estar junto. O querer estar junto. O agradecer pela presença. As vezes eu me pergunto se a gente ainda lembra de agradecer por alguém que tornou o nosso dia um dia melhor, que alegrou a nossa tarde, que preencheu nosso tédio, que se preocupou com a nossa vida e em nos lembrar dos nossos compromissos. Se agradecemos por alguém que toma conta da nossa vida, do nosso humor, que se importa e que sempre está ali pra estender a mão. Se não deixamos essas poucas pessoas de lado, por bobagens, por compromissos nem tão importantes assim, por egoísmo. Eu sinto um vazio que não se preenche, no momento. Eu sinto uma solidão que dói e conforta. A cada fisgada no peito e lágrimas nos olhos, lembro do amor próprio que eu tenho esquecido de sentir por mim. Não do amor egoísta, mas do amor suficiente pra se por em primeiro lugar. Pra não colocar como prioridade e necessidade na nossa vida a presença constante e a consideração dos outros. Porque a decepção é uma consequência forte, e muitas vezes devastadora. Quando eu lembro de tudo isso, eu digo em voz alta que preciso superar, que preciso ficar bem, que a dor me torna menos tola e mais tolerante comigo mesma. A necessidade de se sentir amada e valorizada não vem enquanto não amarmos a nós mesmos e não nos valorizarmos como devemos. Nós aceitamos o amor que julgamos merecer, e é por isso que devemos ter o discernimento de compreender quando não devemos aceitar mais. Quando devemos agradecer por todas as coisas boas, mas entender que as coisas ruins fazem parte e que o limite chega para todos. Devemos aceitar nosso limite, devemos respeitar o quanto nosso peito e nossa cabeça aguentam, quantas mentiras e decepções eles conseguem lidar e superar. E quando nada disso for superado, quando a angustia continua batendo na porta, quem sabe seja a hora de fechá-la de vez. Aprender a desistir nem sempre é sinônimo de fraqueza, muitas vezes é sinônimo de coragem. E é preciso muita coragem.
maio 25, 2015
Mais de um ano depois eu retorno para meu diário aberto, com o rosto inchado e o gosto amargo do cigarro misturado com as lágrimas que caem sem parar. Me pareceu necessária a lembrança desse espaço em que eu costumava guardar as coisas boas, as ruins, e as que eu simplesmente escrevia para mim mesma, quase que diariamente. Me sinto estúpida por ter apagado grande parte das coisas ruins que eu guardava aqui, em momentos em que eu achava que elas não faziam mais sentido - mas fazem. Talvez se eu tivesse lembrado melhor de como eu me sentia, da angustia sufocante, que não deixa falar direito, não deixa pensar e custa, custa tanto a passar. Eu não sei se eu ainda sei abrir meu coração pelas palavras, só sei que preciso tentar tratar dessa dor que não passa, só se esconde pra voltar em proporção ainda maior. Depois de dois anos e alguns meses eu me pergunto quem por aí sabe como é amar alguém a ponto de não se dar escolha, não se dar valor, não conseguir pesar a balança ao teu favor. Se alguém sabe o quanto machuca ver o outro tão indiferente a ponto de dizer que não importa mais. Se sabe da humilhação que se sente ao pedir para outra pessoa te querer da mesma forma que tu a quer. Eu me sinto sem forças pra brigar sozinha por um amor que eu já acho que não existe mais, e eu já me senti assim tantas vezes que eu tenho medo de não conseguir sair dessa situação, dessa prisão que é querer que alguém te ame e te valorize a ponto de ter medo de te perder. Medo de verdade, medo de dizer as palavras erradas, de dizer que tanto faz porque não é assim, não é. Faz toda a diferença do mundo, as palavras, o cuidado, a luta. A luta diária para que as pessoas não se esqueçam do que significam pra nós, para que quem a gente ama não se sinta desvalorizado ou insuficiente. A luta que vai além do amor, porque é amizade. É consideração, é tato, é carinho, paciência, companhia, força. Eu penso em todas as coisas que eu já relevei, em todas as vezes que eu me senti assim e tudo que o outro fez foi dar as costas e apontar os meus egoísmos, os meus. Eu sou egoísta pra muitas coisas, sou chata, sou impaciente, tudo, mas não sou egoísta com a confiança que depositam em mim, com o amor que me dão, com a consideração dos outros - porque isso não tem preço. Eu amo tanto que me dói na alma, como se eu literalmente pudesse sentir quando o ar não aparece, quando a respiração falha e a voz engasga. Mas eu não posso mais tentar sozinha, eu não mereço outra pessoa, eu mereço amor. Seja da minha família, dos meus amigos, contanto que seja amor que não magoe. Preciso me lembrar do trecho do meu livro preferido que diz: "nós aceitamos o amor que achamos que merecemos". E foi lindo, tantas vezes foi lindo. E são essas coisas que fazem doer, porque nós desejamos todas as coisas ruins se com elas vierem as coisas boas. Mas eu não consigo mais, não sozinha. Difícil perder alguém que se quer do lado pra vida toda. Foi amor.
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